Minha Estimada Irmã, Salve Deus! É exatamente assim que a grande maioria dos médiuns desperta: pela dor! Poucos, mas muito poucos mesmo, assumem sua missão apenas pelo amor, natural e espontaneamente, apenas pela vontade de fazer o bem.
O médium não é “um privilegiado”, ser especial ou iluminado. Somos atualmente missionários kármicos (com raríssimas exceções). Assumimos, ainda no planejamento desta encarnação, o compromisso de ter uma mediunidade a ser colocada em favor da humanidade, como uma forma de sanar, com mais brevidade, os nossos inúmeros débitos de vidas passadas.
Desta forma, o médium quase sempre chega a uma corrente mediúnica em desequilíbrio, cheio de dúvidas, mas com uma “certeza interior” de que ali é o seu lugar.
Um dos maiores instrumentos de nossa evolução são nossos filhos. Seres que recebemos já amando pelos laços que nos unem no sangue da vida e que se identificássemos, não teríamos a coragem de pedir perdão. Chegam pequenos e doces e os amamos incondicionalmente.
Até os sete anos de idade, nas situações normais, uma criança não sofre com o próprio karma, está sujeita ao karma dos pais. Bebês que nascem com problemas, ou desencarnam muito cedo, ou mesmo com a agitação que você descreveu, têm uma profunda ligação, de outras vidas, com os pais, pois serão estes que sofrerão muito mais com as dores, do que a própria criança.
A primeira missão do médium, que recém descobriu sua mediunidade e ingressou em uma corrente, é justamente com a família. É buscar a harmonia e o equilíbrio do lar. Ser médium hoje, para você, representa a possibilidade de trabalhar espiritualmente, dedicando-se a este espírito que aceitou receber como filho. É ter a paciência e tolerância de levá-lo, sempre que possível, para passar nos Trabalhos e principalmente no Pajé. Gostaria de descrever inúmeros casos, até mesmo de deficiências, que vi serem totalmente resolvidos dentro do Pajé, mas prefiro lembrar que, pelo seu pequeno, tem uma missão junto aos outros pequenos. Recebemos sempre na medida em que doamos, esta é a regra dos trabalhadores da Luz.
Ser Apará é ouvir primeiramente com os próprios ouvidos todas as mensagens que uma Entidade transmite. É dominar-se, buscando a Individualidade transcendental para ser um fiel receptáculo da Luz. É cultivar a humildade pela consciência de que, mesmo com todas as imperfeiçoes que se possa carregar na personalidade física, ainda tem a oportunidade de ser um instrumento do céu e receber a projeção luminosa que traz a paz e a cura para tantos irmãos. Irmãos encarnados e desencarnados. Irmãos que não conhecemos e depois ainda não reconheceremos. A verdadeira caridade é prestada ao desconhecido, a aquele que nada poderá nos dar em retribuição, somente assim a retribuição virá do Céu.
A consciência é uma característica de nossa Doutrina, é o quê caracteriza o médium Iniciado. Você não vai perder a consciência. Sensações de arrepios, gente chegando ou saindo, só aparecem de acordo com nossa capacidade de entrega, porém, para que tenha certeza, basta terminar um dia de trabalho espiritual e no dia seguinte tentar lembrar de quantos pacientes atendeu e quais foram as mensagens de cada um... não vai conseguir! As mensagens se desvanecem como um sonho. Como se você estivesse dormindo e despertasse somente com as lembranças que foram muito marcantes e que podem servir para sua vida também.
Assim funciona a incorporação em nossa Corrente. Na hora você tem total consciência, sabe o que passa, escuta com clareza e sente as palavras chegando a sua mente de uma maneira natural. Você não precisa pensar para responder uma pergunta do paciente. Mas depois... Tudo vai se apagando e só resta o quê o que seja produtivo para você. Tudo que provem da Luz é útil!!!
Um Apará somente vai se “endividar” quando sai de sua conduta. Quando utiliza-se conscientemente da incorporação para manipular pessoas ou obter benefícios. Quando algo “errado” passa de maneira inconsciente, sem que o Apará se dê conta, a responsabilidade é total do Doutrinador! É ele o médium preparado para identificar qualquer interferência. É dele a responsabilidade! Somente a mistificação consciente é de total responsabilidade do Apará, enganando porque quer ou deseja algo, destruindo sua missão e semeando o caos para sua própria vida.
Posso apenas dizer que esta sua preocupação de “não estar fazendo nada errado” praticamente exime sua consciência de qualquer problema. Cumpra sua missão junto ao Pequeno Pajé e ao seu filhinho. Ali poderá, na medida de sua real dedicação, obter o necessário equilíbrio e segurança para tudo que ainda irá se apresentar em sua jornada! Os melhores médiuns são justamente aqueles que buscam o esclarecimento e possuem esta responsabilidade que você demonstrou.
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