Posted: 10 Dec 2011 08:38 PM PST
Texto do jovem Mestre TONY DUDA
“Nunca deixe para amanhã o que você pode fazer hoje”.
Nem sempre essa frase é válida. Mas às vezes se faz necessário praticá-la!
Passei por uma recente experiência, que me reacendeu essa velha idéia como um alerta. Minha mãe precisou passar por uma cirurgia e foi nesse momento que percebi o quanto estamos aparentemente “dormindo nesse mundo acordado”.
No dia da cirurgia, eu e minha irmã precisávamos chegar bem cedo ao hospital para conversar com o medico, e também falar com minha mãe, que já havia se internado no dia anterior para realizar os procedimentos antecedentes. Como a cirurgia estava marcada para as 7hs30 e morávamos razoavelmente perto do hospital, resolvemos acordar umas cinco horas da manhã e sair de casa no máximo às 6hs para dar tempo fazer tudo.
Quando chegamos ao quarto, ela tinha acabado de ser chamada para fazer os procedimentos iniciais, que foram antecipados. Nessa hora, bateu uma sensação de remorso porque não havíamos chegado ainda mais cedo ao local. Ela estava ansiosa e não poderíamos ter faltado nesse momento. Como ela iria a uma sala de cirurgia sem falar com ninguém da família antes??? E se a ultima vez que eu teria falado com ela fosse a conversa da noite anterior, quando estive no hospital? Afinal, tudo poderia acontecer, não é mesmo? E a cirurgia tinha indícios de que poderia ser complicada.
Tentamos entrar no local que era restrito, mas sem êxito. O jeito então era esperar. Sentei-me em um banco da entrada e peguei o celular para ver a hora. Foi quando vi uma chamada não atendida dela. Era exatamente 6hs40. Seria a ultima ligação dela, provavelmente para dizer que estava indo se preparar para a cirurgia. O celular estava no vibracall e não ouvi. Meus olhos se encheram de lagrimas. E se algo acontecesse a ela e eu não conseguisse mais falar com ela? É nessas horas que a consciência bate mais forte. Num momento de perda. De muitas vezes deixar para amanhã o quê podemos fazer hoje. De estar mais junto das pessoas que amamos, de nossos familiares, amigos, de dizer que ama ou que perdoa, de sorrir e falar no lugar de ficar calado e reclamar, em algumas situações.
......
Quantas vezes não expressamos o quê realmente sentimos de verdadeiro, dentro de nossa própria casa, e não falamos com a sinceridade que nosso coração pede. E o orgulho? A chaga que muitas vezes emudece nossas palavras, que ficam vagando em nossa mente, e não são pronunciadas porque nos mesmos travamos nossa língua. Ai não somos gentis e nem sempre agradecemos ou elogiamos. Então perdemos a oportunidade e nem sempre temos uma segunda chance de fazer o que poderíamos ter feito. Mas ainda dá tempo de reparar isso.
Às vezes estamos de mal com alguém e não damos o braço a torcer. Ficamos intrigados e deixamos por isso mesmo. Empurrando com a barriga. Chegamos a destratar alguém de nossa convivência ou até mesmo um desconhecido e a ultima fala que fica registrada pode ser uma palavra ríspida.
O orgulho muitas vezes também nos engessa e não nos deixa sair do canto, impedindo-nos de praticar um gesto humilde e sem esperar algo de troca. Em resumo, o orgulho é como um freio em nossa caminhada. Por isso, se não mudarmos desde já nossos pensamentos e atitudes, talvez não consigamos deixar para amanha o que poderemos fazer hoje. Que isso comece comigo!
Tony Duda
Príncipe Maya Em Cristo Jesus!
Nenhum comentário:
Postar um comentário