ECOS DE DAVHANA- JANEIRO
NOSSO SER REALIZADO
O centro da consciência do ser humano é uma realidade quase nunca visitada, uma origem muito pouco conhecida. Por ter recebido um empírico estigma de “revelador da verdade”, separa opiniões e entra em choque com certas idéias, que se recusam a aceitar o abstrato caminho espiritual, que é um caminho de repúdio, uma recusa de todas as vantagens que a vida material pode oferecer. Quanto mais se demora na periferia de sua existência, menos envolvimento este ser tem com a responsabilidade da síntese entre a separação do Eu externo com o Eu profundo.
Então, o ponto de vista da consciência interna, exclui qualquer compreensão que seja baseada na mente concreta (intelecto), pois a fonte da Divina Sabedoria brota do interior da Mente Única, onisciente, onipresente e incognoscível, que passa definitivamente a nortear o caminho da alma, após esta reconhecer a sua verdadeira natureza, conhecer-se a si próprio e afastar-se do que pode levá-lo ao mundo de Maya (ilusão).
Nesse contexto, a luz da sabedoria utiliza a energia da humildade, para provar se a consciência está apta a alcançar a posição de um sábio. Inúmeros portais devem ser transpassados, antes que a alma alce o vôo da libertação. Para isso, recebe incumbências compatíveis ao estado de ser em que se encontra. Cada degrau atingido deixa para traz amarras e apegos incrustados na linha do tempo das encarnações pregressas, permitindo que a alma fique livre para alcançar as alturas do espírito eterno. Por isso, o ser que se colocou a caminho da evolução espiritual, segue com fé as diretrizes de seu coração, penetrando profundamente no âmago de sua consciência, seu verdadeiro “Guru”, que está bem próximo de lá.
Quando o ser toma essas verdades como principio, aplicando-as e entregando-se espontaneamente sem limites, descobre novas dimensões que jamais ousou em reconhecer, ultrapassa fronteiras que limitavam o poder de conhecimento de si próprio, expande a consciência do interno para o externo através da sua divina forma, o protótipo da Mente Universal, abandonando a ilusória vontade do egoísmo e separatividade, para unir-se ao eterno Ser, seu criador.
Assim sendo, para chegar à verdadeira realização, o ser deve manter a plena obstinação de se tornar totalmente obediente e flexível a voz interna, que sempre lhe guiou, despindo-se dos trajes da ignorância, roupagem que lhe foi entregue apenas para encenar o teatro da vida humana, desempenhado pelos atos de provas e experiências que constituem o caminho rumo à evolução.
Tendo ouvidos que ouvem e olhos que enxergam, deste modo o Ser caminhará ouvindo a voz da suprema verdade, iluminado pela luz de sua eterna realização.
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