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3 de jan. de 2014
O MISTÉRIO DA CRUZ - ENTRE O SAGRADO E O PROFANO
1º) O ATO DE FAZER O SINAL DA CRUZ EM SI MESMO TEM ESSES SIGNIFICADOS.
a) Abre o nosso lado sagrado ou interior para, ao rezarmos, nos dirigirmos às divindades e a Deus através do lado sagrado ou interno da criação.
Essa forma é a da oração silenciosa ou feita em voz baixa. Afinal, quando estamos no lado sagrado e interno dela, não precisamos gritar ou falar alto para sermos ouvidos.
Só fala alto ou grita para se fazer ouvir quem se encontra do lado de fora ou profano da criação. Esses são os excluídos ou os que não conhecem os mistérios ocultos da criação e só sabem se dirigir a Deus de forma profana, aos gritos e clamores altíssimos.
b) Ao fazermos o sinal da cruz diante das divindades, estamos abrindo o nosso lado sagrado para que não se percam as vibrações divinas que elas nos enviam quando nos aproximamos e ficamos diante delas em postura de respeito e reverência.
c) Ao fazermos o sinal da cruz diante de uma situação perigosa ou de algo sobrenatural e terrível, estamos fechando as passagens de acesso ao nosso lado interior, evitando que eles entrem em nós e se instalem em nosso espírito e em nossa vida.
d) Ao cruzarmos o ar, ou estamos abrindo uma passagem nele para que, através dela, o nosso lado sagrado envie suas vibrações ao lado sagrado da pessoa à nossa frente, ou ao local que estamos abençoando (cruzando).
e) Ao cruzarmos os solos diante dos pés de alguém, estamos abrindo uma passagem para o lado sagrado dela.
f) Ao cruzarmos uma pessoa, estamos abrindo uma passagem nela para que seu lado sagrado exteriorize-se diante dela e passe a protegê-la.
g) Ao cruzarmos um objeto, estamos abrindo uma passagem para o interior oculto e sagrado dele para que ele, através desse lado seja um portal sagrado que tanto absorverá vibrações negativas como irradiará vibrações positivas.
h) Ao cruzarmos o solo de um santuário, estamos abrindo uma passagem para entrarmos nele através do seu lado sagrado e oculto, pois se entrarmos sem cruzá-lo na entrada, estaremos entrando nele pelo seu lado profano e exterior.
i) Ao cruzarmos algo (uma pessoa, o solo, o ar, etc.) devemos dizer estas palavras: – Eu saúdo o seu alto, o seu embaixo, a sua direita e a sua esquerda e peço-lhe em nome do meu pai Obaluaiyê que abra o seu lado sagrado para mim.
Outras coisas aquele ex-escravo dos romanos de então ensinou àquele padre de todos os padres, que era altivo e empertigado, mas que gostava de sentar-se no solo diante daquele sábio preto, já velho e muito cansado de tanto carregar os sacos de pedras ornamentais que enfeitavam muitas das mansões existentes na Roma daquele tempo.
Era um tempo que os políticos politiqueiros romanos estavam de olho no numeroso grupo de seguidores do cristianismo e se esmeravam em conceder aos seus bispos e pastores, (digo padres) certas vantagens em troca dos votos deles que os elegeriam.
Também era um tempo em que era moda aqueles bispos e pastores (digo padres), colocarem nos púlpitos pessoas que davam fortes testemunhos, ainda que falsos ou inventados na hora para enganar os trouxas já existentes naquele tempo em Roma, tanto na plebe como nas classes mais abastadas.
E olhem que havia muitos patriciosinhos e patricinhas (digo, patrícios e patrícias) com grande peso na consciência que acreditavam no 171 (digo discursos) daqueles ávidos padres romanos, que prometiam-lhes um lugar no paraíso assim que se convertessem ao cristianismo!
Mas aqueles padres daquele tempo pensavam em tudo e espalharam que quem fizesse grandes doações à igreja seria recompensado com uma ampla e luxuosa morada, um palacete mesmo, no céu e bem próximo, quase vizinho de onde Jesus vivia.
A coisa estava indo bem, mas havia espaço para melhorar mais ainda a situação da igreja romana daquele tempos e alguns padres, versados no grego, se apossaram do termo “católico” que significava “universal” e universalizaram suas praticas de mercadores da fé.
Como estavam se apossando de mistérios alheios um atrás do outro e começaram a ser chamados de plagiadores, então fizeram um acordo com um imperador muito esperto, mas que estava com seus cofres desfalcados, à beira da bancarrota (digo, deposição), acordo esse que consistia em acabar com as outras religiões.
No acordo, o imperador ficava com os bens delas (tesouros acumulados em séculos, propriedades agrárias e imóveis bem localizados) e os padres de então ficariam com todos os que se convertessem e começassem a pagar um dizimo estipulado por eles.
O acordo era vantajoso para ambos os lados envolvidos e aqueles padres de então, para provar ao imperador suas boas intenções, até o elegeram chefe geral da quadrilha (digo, hierarquia), criada recentemente por eles, desde que editasse um decreto sacramentando a questão dos dízimos cobrados por eles.
Outra exigência daquele pastores (digo padres) de então foi a de estarem isentos na declaração dos bens das suas igrejas.
Também exigiram primazia na concessão de arautos (as televisões de então), pois sabiam que estariam com uma vantagem imensa em relação aos seus concorrentes religiosos de então.
O imperador começou a achar que o acordo não era tão vantajoso como havia parecido no começo mas os pastores (digo, os padres daquele época começaram a fazer a cabeça da esposa dele, que era uma tremenda de uma putana (digo, dama da alta sociedade) que estava se dando muito bem na sua nova religião pois aquele padres haviam criado um tal de confessionário que caíra como uma luva para ela e outras fornicadoras insaciáveis (digo, damas ilustres) que pecavam a semana toda mas no domingo, logo cedo, iam se confessar com um padre que elas não viam o rosto mas que era bem condescendente pois as perdoavam em troca delas rezarem umas orações curtas, fáceis de serem decoradas.
No domingo ajeitavam a consciência e na segunda, já perdoadas, voltavam com a corda todo às suas estripulias intramuros palacianos.
O acordo foi selado e sacramentado e aí foi um salve-se quem puder no seio das outras religiões. E não foram poucos os que rapidinho renunciaram à antiga forma de professar suas fezes (digo, fé, no singular, mesmo!), pois viram como a grana corria à solta para as mãos (digo, cofres) daqueles padres de então, pois eles eram muito criativos e a cada dia tinham um culto específico para cada algum dos males universais, comuns a todos os povos, épocas e pessoas.
Aqueles pastores (digo, padres) de então estavam com tudo”: a grana que arrecadavam, parte reinvestiam criando novos pontos de arrecadação (digo, novas igrejas) e parte usavam em benefício próprio, comprando mansões e carrões (digo, carruagens) que exibiam com ares de triunfo, alegando que era a sua conversão ao cristianismo que havia tornando-os prósperos e bem sucedidos na vida.
Eles criaram uma tal de teologia da prosperidade para justificar seus enriquecimentos rápidos e à custa da exploração da ingenuidade dos seus seguidores de então, que davam-lhes dízimos e mais dízimos e ainda sorriam felizes com suas novas fezes (digo, fé no singular).
Tudo isso aconteceu no curto espaço de uns vinte e poucos anos e começou depois da segunda metade do século IV d.C.
Por incrível que pareça, aquele preto velho, muito cansado de tanto carregar sacos de pedras alheias, viveu tempo suficiente para ver tudo isso acontecer.
E tudo o que aquele padre de todos os padres havia lhe dito que faria com tudo o que tinha aprendido com ele, aconteceu ao contrário.
O tal pastor (digo, padre), já auto-eleito bispo, usou o que havia aprendido com o preto, mas segundo seus interesses de então, (digo, daquela época).
– Batizava com uma caríssima água trazida direto do rio Jordão (mas que seus asseclas colhiam na calada da noite das torneiras da Sabesp (digo, das bicas da adutora pública).
– Vendiam um tal de óleo santo feito de azeitonas colhidas dos pés de oliva existentes no monte das oliveiras (mas um assecla foi visto vendendo a um “reciclador” barricas de um óleo que, de azeitonas, só tinha o cheiro).
– E isso, sem falas nas réplicas miniaturizadas da arca da aliança feita de papiro; nas replicas das trombetas de Jericó; num tal de sal grosso vindo direto do mar morto, mas que algumas testemunhas ocultas juraram que era sal grosso de um fabricante de sal para churrasco.
Foram tantas as coisas que aquele velho preto cansado e curvado havia ensinado àquele jovem e empertigado pastor (digo, padre) e que ele não só não usou em benefício dos outros como os usou em benefício próprio que o preto já velho, muito velho falou para si mesmo:
– Me perdoa, meu pai Obaluaiyê, mas eu não revelei àquele padre (digo, pastor, isto é, àquele bispo) o que acontece com quem inverte os seus mistérios ou os usa em benefício próprio: que eles, ao desencarnarem, têm seus espíritos transformados em horrendas cobras negras!
Obaluaiyê, ao ouvir o ultimo lamento daquele preto, velho e curvado de tanto carregar sacos de pedras alheias e cansado e desiludido por ensinar o bem e ver seus ouvintes inverterem tudo o que ouviam em benefício próprio, acolheu em seus braços o espírito curvado dele, endireitou-o, acariciou-lhe o rosto e falou-lhe bem baixinho no ouvido:
– Meu filho, alegre-se, pois ele só andará na terra o tempo necessário para tirar dos cultos dos orixás os que não aprenderam a curvar-se diante dos Senhores dos Mistérios mas que acham-se no direito de se servirem deles. Mas, assim que ele fizer isso, deixará essa terra e voltará a rastejar nas sombras das trevas mais profundas, que é de onde ele veio para recolher de volta para elas os espíritos que Jesus trouxe consigo após sua descida às trevas.
Bem que eu alertei o jovem e amoroso Jesus sobre o perigo de usar do meu Mistério da Cruz para abrir passagens nas trevas humanas!
Afinal, quem abre passagens nas trevas com meu mistério da cruz, liberta o que nele existe, não é mesmo, meu velho e sábio preto?
– É sim, meu divino pai Obaluaiyê!
(Texto extraido do Livro “Lendas da Criação” Ed. Madras Rubens Saraceni)
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